A luta de Mandela ecoa no movimento estudantil !!

Estudantes que compõem o Jornal Germinal ressaltam a vida de Nelson Mandela, um militante que combateu o racismo e a sociedade opressora. 

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Acusado de terrorista, perseguido, preso e torturado. O exemplo de resistência que Mandela deixou para as futuras gerações ainda ecoa nas lutas diárias dos combatentes do racismo e toda forma de opressão. Ele resistiu em um momento em que era mais ceder ao sistema atroz que foi o apartheid. Contudo, devemos deixar claro que ele não se trata de um mito ou herói, mas sim de um indivíduo que lutou e resistiu juntamente com o povo negro, começando pelas lutas no movimento estudantil, na Universidade Fort Hare.

Uma das contribuições de Madiba – como ele é conhecido em sua terra natal – resume que a luta contra o racismo deve ser uma luta contra o modelo da sociedade que oprime milhares de negros, mulheres, homoafetivos, indígenas, estudantes e trabalhadores. Com isso, o embate não fica limitado a melhorias e garantias de direitos de setores historicamente excluídos.
No movimento estudantil, a luta por outro modelo de sociedade, que não seja dividida em classes, representa a disputa do fim da opressão e da exclusão social. Logo, quando nós do Movimento Estudantil defendemos a derrubada do capitalismo e pautamos nossa atuação com este propósito, estamos combalindo um modelo que cria e estimula regimes perversos como o apartheid.

Hoje, não temos um “apartheid” no Brasil, porém, vemos ainda uma grande exclusão do povo negro. Os negros ainda são minoria nas escolas e universidades. Conforme os dados do Censo da Educação Superior, em 2011, 91% dos jovens negros estavam fora da universidade. Nas universidades, as cotas para negros servem apenas como mecanismo de entrada, pois não há um acompanhamento do estudante negro durante a graduação.

Esta é uma das grandes tarefas que o movimento estudantil tem pela frente nas universidades brasileiras. É necessário defender uma educação socialmente referenciada, que não seja excludente. Por isso, nós, estudantes que compõem o Jornal Germinal, ressaltamos a luta de Mandela na construção de uma sociedade sem opressão. Esta luta também nos move nas universidades e trincheiras nas ruas.

 

MADIBA, PRESENTE!!

 

*Geilson Gomes- militante do Núcleo Sergipe

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